quinta-feira, 31 de julho de 2008

Turismo

Praias, desertos, ruínas e muita história: escolha seu roteiro.

Pelo próprio território e localização os países árabes têm, em sua maioria, uma diversificação natural exuberante e inúmeras opções para todos os tipos de turistas. Desertos, praias, sítios históricos, cidades modernas além de aromas e sabores únicos que fazem desses países destinos pitorescos para semanas de viagem, descanso, aventura e paz. Quem quiser desfrutar dessas belezas vai admirar pôr-de-sol exuberante, praias de águas cristalinas, ruínas históricas, mercados encantadores,dunas douradas e um povo alegre e receptivo, pronto para sorrir e dar as boas-vindas.

Marrocos

Marrocos (Terra do Sol Poente), oficialmente chamado de Reino do Marrocos, é um país árabe situado no extremo noroeste do continente africano. Faz limite com a Espanha, através do estreito de Gibraltar, além do Mar Mediterrâneo e Melilha (cidade autônoma espanhola), a leste com a Argélia, ao sul com o Sahara Ocidental e a oeste com o Oceano Atlântico. O país tem 1.100 km de litoral banhado pelo Atlântico e Mediterrâneo e uma diversidade de natureza exuberante e rica como lagoas naturais, montanhas e cachoeiras. As principais cidades do país são Fèz, Marrakesh, Rabat, a capital, Meknés e Tânger. Todas elas são cidades históricas da época da colnização árabe islâmica, a partir do século XVII, e que posteriormente se tornaram centro político do país. A cidade mais famosa do país é Casablanca, que teve um filme com o mesmo nome em 1942; cidade portuária e industrial, o nome original era “Al Dar El Beida”, foi chamada de Casablanca pelos mercadores espanhóis que circulavam pela região por volta de 1
855 em função da primeira casa branca construída na cidade que servia como ponto de referência para os viajantes que cruzavam a região. Entre os principais atrativos turísticos estão: a cidade de Casablanca, banhar-se nas águas do Estreito de Gibraltar, conhecer as “Kasbahs” (muralhas feitas de pedra ou barro) que podem chegar a 25 km de comprimento e 15 metros de altura, os nove portais (Babs) cada um com quatro torres que dão acesso à parte velha da cidade de Méknes, o vilarejo de Moulay Idriss El Akbar, as ruínas da cidade de Volubilis (datada da época do domínio romano), Palácio Dar El Makhzen em Fez Jedid, as ruínas da fábrica de azeite em Volubilis, o mercado Djemaa El Fna no centro de Marrakesh e o Museu de Artes Marroquinas em Rabat.


Líbia

Considerada a porta de entrada do Norte da África o país está entre o Egito, Sudão, Tunísia, Argélia, Chade e Níger. Conta com cerca de 2.000 km de costa banhados pelo Mediterrâneo. Nas regiões desérticas o clima é árido, no entanto, no interior e região costeira o clima é chuvoso com índices pluviométricos que podem chegar a 380 milímetros por ano. As principais cidades do país são Trípoli, a capital, Bengazi, Sabratha, Talmisa, Ghadames e Masarat. O turismo pela Líbia pode começar pela região que passa entre os lagos Dawada, os Montes Akkakus e Wadi Matkandush região de montes calcinados em forma de torres, cogumelos e arcos em meio a dunas douradas e alaranjadas. Na região das aldeias dos tuaregues há planaltos de pedras negras e lagos debruçados sobre palmeiras e imensas dunas, são os oásis. Passeios i
mperdíveis na Líbia: as cidades de Ghadames, Sabratha e Leptis Magna antigos reinos romanos; Teatro, os templos e as termas romanas de Sabratha; Oásis de Ghadames na fornteira com Túnis; toda a cidade de Leptis Magna, Patrimônio Cultural da Humanidade onde deve-se visitar o teatro, o fórum, as termas de Adriano, as colunas da basílica, e os muitos edifícios e templos ao longo da costa; na capital Trípoli um dos tradicionais pontos turísticos é a Medina, parte antiga da cidade, a Mesquita de Gurgi, o Arco de Marco Aurélio, o Palácio e o Castelo Vermelho (Asaraia Al Hamra).; O Porto de Sirt em Benghazi, a Montanha Verde na mesma cidade e suas praias; as ruínas gregas de Cyrene e o mágico deserto do Sahara.

Egito

O misterioso e fascinante Egito é um país desértico situado no nordeste da África e cortado pelo Rio Nilo. A cidade do Cairo é a capital do país e carrega mil anos de história e cultura. Dos 1.002.000 km² apenas 35.500 km² são habitáveis, o restante é deserto, areia e muito calor. O país está limitado a leste com a Líbia, ao Sul com o Sudão, a leste com a Palestina o Golfo de Aqaba e o Mar Vermelho que banha a região setentrional do país onde se abre o Delta do Nilo. O mar Vermelho costeia o litoral oriental e o Canal de Suez liga ambos os mares. O país tem clima cartacterístico de deserto com chuvas escassas e variações de temperatura entre o dia e a noite; o “khamsin” (vento seco do deserto) sopra entre os meses de março e junho, verão egípcio. Culturalmente o país é um dos mais ricos da história e o Ministério da Cultura mantém a tradição através do Instituto do Egito, fundado em 1859 e da Academia de Língua Árabe, fundada em 1932. Diversos museus mantém o patrimônio cultural das antigas civilizações que viveram por ali há milhares de anos. Lugares que não se pode deixar de visitar: as pirâmides de Quéops, Quéfren e Miquerinos; a Esfinge; um cruzeiro pelo Rio Nilo (utilize a felluca, tradicional veleiro egípcio); uma visita ao Mar Vermelho; recifes do Estreito de Tirana; Parque Nacional Marinho de Ras Muhammad, onde se pode mergulhar; os templos de Luxor e Karnak; um passeio de camelo pelo deserto; o Vale dos Reis, com túmulos de 64 faraós; a represa de Assuã; Deir el-Bahri, monumento que abriga os restos da rainha Hatshepsut; a capital Cairo e o museu do Cairo.

Qatar



País da Península Arábica, o Qatar é rodeado por uma extensão marítima, fazendo fronteira com os Emirados Árabes e Arábia Saudita, países que tem se destacado pela explosão econômica, como a maioria dos países do Golfo. De clima seco e quente, o terrítório é desértico em sua maior parte e plano com altitudes que chegam, no máximo, a 40 metros. Dividido em 09 governorados é um país que passa por uma grande explosão econômica e modernização, devido principalmente ao petróleo e produção de gás natural. Por todos os lados pode-se ver grandes arranha-céus, estradas novas e uma arborização cuidadosamente planejada. As principais cidades são Doha (Capital), Al Wakrah e Umm Sa’id. Doha, a capital, está a meia distância da costa leste da Península, sendo o principal centro comercial cultural e de entretenimento local. Os principais pontos turísticos do país são: o Museu Nacional do Qatar, as mesquitas, principalmente a Mesquita Al-Rayan localizada no subúrbio de Doha, os palácios, as pistas de corrida de cavalos, os sítios históricos do Norte, principalmente os de Umm Salal e Mohammed, do século XIX, a praia de Gharya, as praias de Umm Bab, Dukhan e Salwah na Costa Oeste, o Forte de Doha além dos vários museus nacionais.

O Egito e a Revolução de 23 de Julho

23 de Julho – a Revolução que marcou o Egito

A Organização Revolucionária dos Oficiais Livres formou-se em 1949. Nasser e seus companheiros, inspirados pelo patriotismo e sentimento de libertação do seu país formaram a organização para derrubar o regime do rei Faruk do Egito. Na noite de 22 de Julho de 1952 o Comitê dos Oficiais Livres dirigiu a tomada de poder que deu início a uma série de revoluções de significado semelhante no mundo árabe.


As grandes realizações de Gamal Nasser
Nasser desenvolveu a reforma agrária e sujeitou a atividade econômica ao Estado. Ele dirigiu pessoalmente as negociações com o Reino Unido para a retirada das tropas do Canal de Suez, concluídas mediante acordo em 19 de outubro de 1954 e para obter apoio nos projetos de desenvolvimento da Represa de Assuã, a primeira catarata do Rio Nilo, feita com o propósito de produzir eletricidade e aumentar a área agrícola.
Em princípio se dirigiu ao Banco Mundial, Estados Unidos e Reino Unido em busca de financiamento. As conversações começaram em 17 de outubro de 1955 com um mal-estar em Washington, pois em 27 de setembro anterior, Nasser reconheceu que a União Soviética e Tchecoslováquia haviam aceitado prover o Egito de material bélico, feito de grande significado, pois quebrava o monopólio armamentista do Ocidente. Em 20 de julho de 1956 o governo americano cancelou a oferta de ajuda, alegando que Nasser havia incluido os soviéticos na empresa, decisão que, favoreceu o governo britânico no dia seguinte. A tensão não repercutiu na retirada das tropas britânicas e em 18 de junho o último soldado inglês abandonou o Egito.
A resposta de Nasser ao boicote ocidental foi espetacular e provocou um terremoto internacional: em 26 de julho anunciou durante um discurso na cidade de Alexandria a nacionalização do Canal de Suez e a continuação do projeto da represa de Assuã sem os fundos solicitados. Nasser, quis dessa maneira, pressionar o Ocidente como meio de obter o financiamento da represa e ganhar a adesão entusiasta dos povos árabes, convertendo-se no campeão do emergente terceiro mundo. No entanto, sua ousadia teria sérias implicações econômicas, visto que França e Reino Unido eram os principais acionistas do Canal. Alarmados, os governos britânico e francês, negociaram secretamente com Israel um ataque contra o Egito para livrarem-se de Nasser, agora um inimigo comum. O complô militar ficou decidido em uma conferência em Sêvrés, no mês de outubro; o plano estabelecia que Israel invadiria o Sinai. As operações militares colocariam em risco a segurança do Canal, diante do que Londres e Paris pediram a Israel e Egito que cessassem as desavenças. Israel aceitou, ao contrário do Egito que viu na situação um pretexto para a intervenção franco-britânica dirigida a ocupar o Canal. A ofensiva israelense começou em 29 de outubro com um ataque surpresa que invadiu grande parte do Monte Sinai, chegando até as proximidades do Canal, na altura de Ismailia. No dia 30, Londres e Paris apresentaram seu ultimatum; o Egito por sua vez resistiu e no dia seguinte os aliados iniciaram os bombardeios no aeroporto egípcio e enviaram paraquedistas a Port Said e Ismailia, somando-se a Suez em 5 de novembro.
Nasser não tinha nenhuma possiblidade de derrotar militarmente os seus opositores, mas a indignação internacional e as pressões conjuntas dos Estados Unidos e Rússia para que cessassem as intervenções foram a seu favor. A ONU exigiu a retirada dos aliados e reconheceu a soberania egípcia sobre o Canal e em 06 de novembro houve o cessar fogo; em 22 de dezembro o corpo expedicionário franco-britânico deixou o Egito.
Nasser completou sua vitória no ano seguinte com a retirada de Israel do Sinai.
Os anos que sucederam à crise de Suez marcaram o apogeu do Egito nasserista e o fortalecimento da colaboração da antiga URSS. Forças políticas e movimentos militares tomaram o discurso pan-arabista e socialista em outros países da região.
Em 1958 o líder egípcio realizou uma viagem de três semanas pela União Soviética onde passou a tropa em revista, na Praça Vermelha, juntamente com o presidente N. Kruschev no desfile de 1º de maio. Em 1964 recebeu a maior condecoração da URSS, Herói da União Soviética, nunca dada a um estranjeiro. Ainda que as relações entre Egito e URSS tenham sofrido algumas estremecidas, o fato é que o Egito recebeu 43% de toda ajuda soviética para o terceitro mundo. Os dirigentes soviéticos perceberam que Nasser era absolutamente insubornável e o trato com ele deveria ser mais respeitoso que os aplicados aos líderes da Europa do Oeste.
No início da década de 60 Nasser acentuou a estatização e a socialização da economia, estendendo as nacionalizações às companhias de seguro nacional e indústrias e decretou uma segunda reforma agrária. Seu poder interno, que não era contestado pela eficiência dos resultados, se consolidou com a apresentação em 21 de março de 1962 de uma Carta Nacional que substituía a União Nacional pela União Socialista Árabe, constituída formalmente em 24 de setembro de 62, como partido único e que definia os princípios socialistas da República. Em 15 de março de 1963 sua presidência foi novamente votada em plebiscito. Nasser não havia perdido em nada seu prestígio no mundo árabe.
O Cairo e Alexandria foram cenários de numerosas conferências de estadistas que faziam um balanço dos avanços da União Árabe. Em 1964 a Organização para a Libertação da Palestina fixou sua primeira sede
no Cairo e até a chegada de Yasser Arafat, Nasser manteve um importante controle e influência sobre um movimento que considerava instrumental na luta contra Israel e que não queria perder de vista seu nacionalismo particular. Em 13 de maio de 1964 Nasser obteve um grande êxito quando da inauguração da represa de Assuã, construída com ajuda soviética que entrou na questão em 1968.
Nos últimos anos de sua vida, Nasser adotou uma atitude muito mais suave em questões como os territórios ocupados. Em 1970 aceitou o Plano Rogers dos Estados Unidos que estabelecia um compromisso de aceitação da resolução 242 do Conselho de Seguridade da ONU, um cessar fogo no Canal durante 90 dias e sua eventual desmilitarização numa faixa de 20 km, assim como sua rabertura ao tráfego naval.

O último serviço de Nasser à nação egípcia foi a mediação no setembro negro jordaniano, a guerra civil entre o exército hachemita e os palestinos. Em setembro de 1970 conseguiu no Cairo, que o rei Hussein da Jordânia e Yasser Arafat firmassem um acordo e cessassem as hostilidades. Apesar de seu largo sorriso, gesto que sempre o acompanhou, Nasser estava adoentado e no dia seguinte faleceu de um ataque cardíaco. No dia 01 de outubro, aproximadamente vinte milhões de pessoas de todas as partes do Egito e mundo árabe participaram de seu funeral. Luto que foi mantido em muitos países do Oriente Próximo, África e o mundo islâmico em geral.



Líderes do Mundo Árabe - Gamal Abdel Nasser

Gamal Abdel Nasser (1918-1970) – A Grande influência no Mundo Árabe

Nesse ano, comemora-se o 55º aniversário da Revolução de 23 de Julho; acontecimento que se deu no Egito e que consagrou o líder Gamal Abdel Nasser, um dos mais influentes homens árabes no poder. A Revolução teve como um dos principais objetivos, retirar as forças britânicas do país, permitindo que o povo egípcio participasse do governo através de um representante próprio. Proveniente de uma família humilde, era um assíduo leitor de nomes consagrados como Voltarie e Victor Hugo e tinha o sonho de pertecer à Real Academia Militar, sonho que realizou após anos de estudos. Durante os 17 anos em que esteve no poder, Gamal Nasser revolucionou o país, a história e o futuro do Egito.


Gamal Abdel Nasser nasceu no bairro “Bakus” em Alexandria, Egito, em 15 de janeiro de 1918. Era o filho mais velho de um agricultor proveniente da região de “Sa’aid”, no Oeste do Egito. Através de muito esforço e estudo, seu pai conseguiu um cargo nos Correios, para prover as necessidades básicas da família, provocando inúmeras mudanças de cidade e escolas durante a infância do filho Gamal. O lugar em que a família permaneceu por mais tempo foi a região do Delta do Nilo, onde Gamal terminou os estudos primários, indo em seguida para a capital Cairo completar o grau escolar. Desde pequeno Gamal Nasser era um assíduo leitor, principalmente de assuntos relacionados à política e história e, entre seus autores prediletos estavam Voltaire, Victor Hugo, Charles Dins e Sheakespeare. Era um aluno dedicado e atuante tanto que em 1935 atuou como Júlio César em uma peça teatral da escola, sendo assistido inclusive pelo ministro da educação do Egito. Nessa mesma época já mostrava-se contrário à ocupação esntrangeira, principalmente britânica, em seu país e como líder estudantil esteve à frente de muitas manifestações entre elas, uma ocorrida em novembro de 35 contra o exército britânico que lhe rendeu um tiro de raspão na cabeça, fato que aumentou seu patriotismo e lhe deu impulso ainda maior na luta contra a ocupação estrangeira no Egito.
Aos 19 anos fez a sua primeira tentativa de entrar na escola militar, sem sucesso; à época a escola só admitia os filhos de famílias aristocratas e que entravam na entidade sob indicação. Foi então que Gamal Nasser iniciou os estudos na Faculdade de Direito. Em 1938 porém, após reformulações na Escola Militar, foram abertas vagas para todas as classes sociais e Gamal fez a segunda tentantiva de realizar o grande sonho de ser militar. Foi aceito e concluiu seu curso formando-se como 2º tenente. Posteriormente foi transferido para a capital do Sudão, Cartum, onde permaneceu por um ano. Em 1940 foi promovido a 1º tenente e enviado para a região do “Al Ala’amein”, onde esteve até 1942. Nesse mesmo ano foi nomeado comandante da divisão de “Al A’alamein” permanecendo assim pelo período de 01 ano, quando então alistou-se para lecionar na Real Academia Militar. Conseguindo o cargo de professor, permaneceu por 03 anos lecionando.

Em 29 de junho de 1944 casou-se com Tahia Kazem, filha de um comerciante iraniano e que foi apresentada à Gamal pelo seu tio Khalil. Desse matrimônio nasceram cinco filhos, duas moças: Hoda e Muna e três rapazes: Khaled, Abdul Hamid e Abdul Hakim. Sua esposa teve fundamental importância em sua vida, principalmente nos críticos anos em que formou e esteve à frente da organização do “Oficiais Livres”, de 1948 a 1952, grupo formado para fazer a revolução de 23 de Julho, movimento que mudaria toda a história do Egito.
Gamal Nasser notabilizou-se como um dos líderes mais carismáticos do “terceiro mundo”, incluindo o Brasil onde se diz que o então presidente Jânio Quadros governava com uma foto do líder egípcio em seu gabinete. Gamal Abdel Nasser foi um marco na história do Egito assim como o largo sorriso que mostrou durante toda a sua vida.



O Líder
Nasser, já como coronel assumiu a liderança do Conselho da Revolução e o comando das Forças Armadas, enquanto o general Muhammad Naguib, nominalmente o líder do movimento, assumiu a liderança do governo. Em 18 de Julho de 1953, coincidindo com a abolição da monarquia, Nasser foi nomeado vice Primeiro-Ministro e Ministro do Interior, postos esses que revelaram o quão forte seria a liderança de Nasser no novo regime. A oposição entre Muhammad Naguib, um moderado favorável ao acordo com os países ocidentais e à recuperação de setores liberais da monarquia, e Nasser, partidário do novo movimento nacionalista pan-árabe e da adoção de uma neutralidade frente às superpotências determinou a liderança do segundo que em 25 de fevereiro de 1954 se opôs à sede do governo e em 14 de novembro destituiu definitivamente Naguib do poder, assumindo a presidência do Egito.
Em 23 de junho de 1956 Nasser conquistou, por meio de um referendo popular, a aprovação de um projeto constitucional que convertia o Egito em República Socialista Árabe, de partido único, a União Nacional (criada por decreto nacional em maio de 1957), um sistema presidencialista forte e popular. Nasser se apresentou como candidato à presidência e teve o apoio do povo egípcio, com praticamente 100% dos votos. A política exterior do novo Egito, sob o governo Nasserista sofreu uma mudança radical; em 05 de fevereiro de 1955 o dirigente iuguslavo Tito, recebeu Nasser em Brioni para explicar-lhe sua proposta de tecer um bloco mundial dos países não aliados. Nasser foi um dos grandes destaques do encontro, conhecido como Conferência de Bandung (18-24 de abril de 1955); de 17 a 21 de julho de 1956 voltou a se reunir com Tito em Brioni, juntamente com o Primeiro Ministro indiano J. Nehru, ficando assim definido o trio dos grandes líderes do Terceiro Mundo até a metade dos anos 60.
República Árabe Unida
O grande sonho de Nasser era unir os povos árabes sob a liderança egípcia frente à Israel. Em 1º de fevereiro de 1958 Nasser e o presidente sírio Shukri Al Kautli anunciaram no Cairo a união de ambos países em um só Estado que teve o nome de República Árabe Unida (URA) ao que se somou posteriormente o Iêmen, em 02 de março de 59. Na Síria houve um descontentamento pelo centralismo egípcio e autoritarismo do executivo presidido por Nasser e em 28 de setembro de 1961 um golpe de Estado militar em Damasco provocou a separação dos dois países. Nasser não se opôs ao feito e manteve o nome anterior para o Egito.

domingo, 6 de julho de 2008

Provérbios Árabes...

Não pressiones demais o covarde
que ele vira valente.


Por que estranhas que venha na concha
o que tu mesmo colocaste no pote?


Quem comete o mal, comete-o contra si mesmo.

Conhece-se o mau trabalhador no meio da tarde.

Não gaste duas palavras se uma única basta.

Tu és o que te habituaste a ser.

A repetição deixa sua marca até nas pedras.


Não amarres asno novo perto de mula velha,
porque, se ele não aprender a escoicear,
aprenderá a zurrar.


Pai dele, alho; mãe, cebola. Como pode ele cheirar bem?


A palavra é o aroma do homem.


Só sacia sua sede quem bebe pela própria mão.
Oração Árabe (Na verdade, uma Oração para todos...)

Deus, não consintas que eu seja o carrasco que sangra as ovelhas,nem uma ovelha nas mãos dos algozes. Ajuda-me a dizer sempre a verdade na presença dos fortes, e jamais dizer mentiras para ganhar os aplausos dos fracos. Meu Deus ! Se me deres a fortuna, não me tires a felicidade; se me deres a força, não me tires a sensatez; se me for dado prosperar, não permita que eu perca a modéstia, conservando apenas o orgulho da dignidade.
Ajuda-me a apreciar o outro lado das coisas, para não enxergar a traição dos adversários, nem acusá-los com maior severidade do que a mim mesmo. Não me deixes ser atingido pela ilusão da glória, quando bem sucedido e nem desesperado quando sentir insucesso.Lembra-me que a experiência de um fracasso poderá proporcionar um progresso maior.
Ó Deus ! Faze-me sentir que o perdão é maior índice da força, e que a vingança é prova de fraqueza.Se me tirares a fortuna, deixe-me a esperança. Se me faltar a beleza da saúde, conforta-me com a graça da fé. E quando me ferir a ingratidão e a incompreensão dos meus semelhantes, cria em minha alma a força da desculpa e do perdão.E finalmente Senhor, se eu Te esquecer, te rogo mesmo assim, nunca Te esqueças de mim !