Ontem, eu vi no meio dos campos um cavalo vermelho, parado em um ambiente vermelho, pensei que eu estava sonhando, pois nunca ninguém viu um cavalo assim vermelho cor de sangue, os cavalos nascem brancos, pretos, ou marrons ou talvez uma mistura de todas as cores, nunca vermelho puro.
Dei um passo cauteloso em direção do cavalo, ele se assustou e levantou suas iras no ar soltando um barulho do seu nariz, parei de aproximar olhei pra ele com carinho o cavalo parou abaixou a cabeça e começou pastar um pasto vermelho, olhou pra mim e vi dois grandes olhos cheios de sangue vermelho.
À noite contei para minha avó, ela me explicou como nasceu aquele potro, cresceu e tornou um lindo cavalo o destino dele era comer pasto vermelho, e beber água vermelha descansar sob arvores vermelhas, contou a mim como aquele cavalo aparecia nas noites escuras.
Um belo dia todos os cavalos da área se encontraram na grande floresta para discutir uma lenda... a ameaça da sua raça se não aparecer um cavalo vermelho, que ensina ao resto o gosto da liberdade e sabor da vida.
Porém para manter esse cavalo na cor vermelha é precisa rios de sangue durante gerações, para afirmar sua cor não desbotando na primeira chuva, também ele tem que nascer no meio de um incêndio que faz o pasto vermelho e a água também.
Um cavalo assim será único sem acompanhante porém se ele gritar a noite todos os cavalos da região acordarão.
Minha avó acrescentou esfregando as mãos, batendo a poeira: este cavalo já nasceu em Gaza porque não há lugar no mundo com tanto sangue jorrando, sangue abundante dia e noite... morre jovens, morre maduros, morre até recém-nascidos desde 2 meses de idade....assim aquele cavalo nasceu e o sangue afirmou sua cor, assim apareceu o cavalo vermelho quando os outros cavalos souberam, começaram marchar na sua direção foram os cavalos de Deir yassin, Tel azzatar, Sabra e Chatila, Genin, Ramallah, sul de Líbano, das ruas de Bagdad levando pra ele a água vermelha que ele necessita .
Nosso cavalo já está exausto, cansado, sofrendo mas ele esta agüentando. Para terminar o sofrimento e a dor daquele cavalo aconselharam que era pra parar de iluminar e ser iluminado, que era pra parar de gritar, que era pra parar da alimentar o orgulho próprio. Tem que parar de acordar os outros cavalos, tem que renunciar sua memória e se tornar como os outros cavalos, comer como os outros e beber igual aos outros, dormir nos estábulos, arar a terra ou puxar uma carroça e não lembrar mais da cor do sangue.
*Ahmad El Khamisi
Dei um passo cauteloso em direção do cavalo, ele se assustou e levantou suas iras no ar soltando um barulho do seu nariz, parei de aproximar olhei pra ele com carinho o cavalo parou abaixou a cabeça e começou pastar um pasto vermelho, olhou pra mim e vi dois grandes olhos cheios de sangue vermelho.
À noite contei para minha avó, ela me explicou como nasceu aquele potro, cresceu e tornou um lindo cavalo o destino dele era comer pasto vermelho, e beber água vermelha descansar sob arvores vermelhas, contou a mim como aquele cavalo aparecia nas noites escuras.
Um belo dia todos os cavalos da área se encontraram na grande floresta para discutir uma lenda... a ameaça da sua raça se não aparecer um cavalo vermelho, que ensina ao resto o gosto da liberdade e sabor da vida.
Porém para manter esse cavalo na cor vermelha é precisa rios de sangue durante gerações, para afirmar sua cor não desbotando na primeira chuva, também ele tem que nascer no meio de um incêndio que faz o pasto vermelho e a água também.
Um cavalo assim será único sem acompanhante porém se ele gritar a noite todos os cavalos da região acordarão.
Minha avó acrescentou esfregando as mãos, batendo a poeira: este cavalo já nasceu em Gaza porque não há lugar no mundo com tanto sangue jorrando, sangue abundante dia e noite... morre jovens, morre maduros, morre até recém-nascidos desde 2 meses de idade....assim aquele cavalo nasceu e o sangue afirmou sua cor, assim apareceu o cavalo vermelho quando os outros cavalos souberam, começaram marchar na sua direção foram os cavalos de Deir yassin, Tel azzatar, Sabra e Chatila, Genin, Ramallah, sul de Líbano, das ruas de Bagdad levando pra ele a água vermelha que ele necessita .
Nosso cavalo já está exausto, cansado, sofrendo mas ele esta agüentando. Para terminar o sofrimento e a dor daquele cavalo aconselharam que era pra parar de iluminar e ser iluminado, que era pra parar de gritar, que era pra parar da alimentar o orgulho próprio. Tem que parar de acordar os outros cavalos, tem que renunciar sua memória e se tornar como os outros cavalos, comer como os outros e beber igual aos outros, dormir nos estábulos, arar a terra ou puxar uma carroça e não lembrar mais da cor do sangue.
*Ahmad El Khamisi
Um comentário:
A humildade e o correto relacionamento com os demais traz a paz e a cooperação entre todos. As diferenças radicais trazem tristezas , solidão
e desentendimentos. Apaziguar e Agradecer é o grande passo para a felicidade.
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