segunda-feira, 10 de novembro de 2008

O "Democrático" Iraque

“O Novo e Democrático Iraque”: 2 milhões de viúvas, 1,5 milhão de separadas e 4 milhões de analfabetas

Naual Al Samaraii, ministra de Estado dos assuntos da mulher no Iraque, afirmou em declaração à imprensa que a guerra mentirosa do presidente Bush contra o terrorismo, para a libertação do país e sua “democratização”, não apenas desmantelou o Iraque em sua infra-estrutura básica como também desmanchou a nação por completo. Além de implantar a divisão étnica e religiosa no país, extinta ou, ao menos, adormecida até a invasão, também deixou a mulher iraquiana como nunca se viu antes: completamente arruinada. Aproximadamente dois milhões de mulheres iraquianas ficaram viúvas, além de 1,5 milhão de separadas, em função da falta de perspectivas e da insegurança econômico-familiar, e mais de 4 milhões de analfabetas sem qualquer condição de frequentar as escassas escolas que sobraram depois da guerra.
Na època da “ditadura de Sadam Hussein”, desde a década de 70, haviam desaparecido as diferenças entre homens e mulheres e todos os direitos eram garantidos para que a porcentagem entre esses, na formação acadêmica, fosse igual. Além disso o índice de desempregadas não passava de 2%, e a oportunidade de trabalho era garantida para ambos. Em compensação, as mulheres atualmente sofrem com a completa falta de segurança e com a perda de todos os seus direitos, devido a completa desordem instalada no país. Muitas delas se viram sem nenhuma saída e acabaram se entregando às milícias, tornando-se guerrilheiras; outras optaram por tornarem-se mulheres bomba tendo em vista a falta de perspectiva no futuro. Outras ainda, que se viram repentinamente na rua, acabaram se entregando à todo tipo de desgraça, de modo a garantir o pão do dia-a-dia. De acordo com Samaraii, essa situação tem-se tornado cada vez mais difícil, e tem aumentado o número de vítimas da nova “democracia” americana. De acordo com a ministra, “se o Iraque hoje, ficasse livre da invasão americana e voltasse a ter um governo para cuidar do país, necessitaríamos de dezenas de anos para restabelecer a ordem e para fazer com que as mulheres retornassem à situação em que se encontravam antes da guerra”.

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