Assista, toda quinta feira, a partir do dia 29/01 as 20:00 na CWB TV (Canal 72 da TVA e 05 da NET) o Programa Gazeta Árabe na TV. Um espaço dedicado ao mundo árabe, sua cultura, costumes, história e tradições.
segunda-feira, 26 de janeiro de 2009
quarta-feira, 14 de janeiro de 2009
Toda a Cultura do Ocidente é um Crime
Cem anos de violência contra os palestinos
Mauro Santayana
Mauro Santayana
A declaração de Shimon Peres, de que morrem mais crianças palestinas do que judias porque os judeus cuidam melhor das suas, é, em sua frieza e desdém, a confissão de que se executa o projeto de genocídio que o movimento sionista mundial estabeleceu, quando decidiu criar o Estado de Israel.
Só há duas formas de construir um Estado soberano em território alheio: com o assentimento de seus habitantes ou com o seu extermínio.Os palestinos não perceberam o que os judeus que adquiriam terras em seu território, ainda no fim do século 19, pretendiam. Só se deram conta do perigo em 1917, quando lorde Arthur James Balfour, em carta a Lionel Rothschild – o banqueiro que financiava os sionistas – lhe assegurou a decisão britânica de apoiar a criação de um "lar nacional judeu" na Palestina.
Como se encontravam sob domínio otomano e em plena Primeira Guerra Mundial, os árabes não puderam reagir imediatamente, o que só fariam depois do armistício. A Declaração Balfour é interessante, porque revela as circunstâncias conjunturais que a originaram. A guerra na Europa estava em momento indefinido, e os ingleses pressionavam o presidente Woodrow Wilson, dos Estados Unidos, para que enviasse tropas ao continente. Esse documento estimulou os ricos judeus de Nova York a exercer também sua influência sobre a Casa Branca, e os soldados norte-americanos desembarcaram em março do ano seguinte na Europa. O secretário do Exterior da Grã-Bretanha teve o cuidado de assegurar, na Declaração, que o apoio não poderia causar prejuízo aos "civil and religious rights of existing non jewish communities in Palestine". Essa foi uma atitude insensata, e disso se deram conta os ingleses.
Em 1920, terminado o conflito mundial, e atribuído aos ingleses, pela Liga das Nações, o mandato sobre o território palestino, os países árabes se reuniram em Damasco e manifestaram seu repúdio à Declaração Balfour. Não obstante isso, os ingleses responderam com a nomeação de um conhecido sionista para administrar a área, Herbert Samuel. Os árabes perceberam o que os esperava, e consideraram 1920 am al-nakbah, o ano da catástrofe. Mal sabiam que catástrofes ainda maiores viriam, como a destes dias em que – confirmando o projeto de limpeza étnica – escolas mantidas pelas Nações Unidas, claramente identificadas, são alvos escolhidos por Israel.
Desde então, os palestinos não deixaram de protestar, de lutar pelo seu espaço histórico. Na verdade eles são semitas que não deixaram o território e foram, com o tempo, convertidos ao islã. Há quase um século, são acossados por judeus europeus, que têm a cara e os métodos de quaisquer colonizadores.
Ao mesmo tempo em que o nazismo se fortalecia na Europa e iniciava a perseguição aos judeus – mas, também, aos outros povos que eles consideravam inferiores, como os eslavos, os negros e os ciganos – os palestinos continuavam a lutar contra os invasores.
Em 1935, terroristas judeus assassinaram seu líder, al-Qassam, o que provocou rebelião geral dos palestinos, de 1936 a 1939, massacrada pelas tropas britânicas e por 15 mil judeus – que constituíram o núcleo inicial do Exército de Israel.
A Primeira Guerra Mundial havia sido desastrosa para os palestinos. A Segunda lhes foi ainda pior. Depois da vitória aliada, os ingleses perceberam, com o grande homem de Estado de esquerda, Ernest Bevin, então secretário do Exterior, que haviam cometido, mais do que um crime, grande erro estratégico, diante dos interesses britânicos no Oriente Médio. Bevin tentou voltar atrás, proibir o prosseguimento da imigração de judeus em Israel e forçar a divisão do território em dois estados – o que não conseguiu.
Em julho de 1946, terroristas judeus, sob o comando de futuros e "respeitáveis" estadistas, como Menachen Begin, invadiram o Hotel King David, ocupado pela administração militar e civil britânica, e mataram 91 pessoas.Com todos esses fatos históricos, a Organização das Nações Unidas, dominada pelos quatro grandes vencedores do conflito (e a União Soviética foi nisso particularmente responsável), decidiu impor aos palestinos a presença definitiva dos israelitas. Mas foram sobretudo os norte-americanos, com Truman, que patrocinaram o projeto: necessitavam de um enclave na região.
Dizia Adorno que, depois de Auschwitz, toda a cultura do Ocidente era um lixo. O intelectual marxista estava enganado. Com o drama da Faixa de Gaza, toda a cultura do Ocidente é um crime
O que os judeus pensam...
Os ensinamentos rabínicos secretos a respeito dos cristãos e não-judeus.Trechos do Livro Sagrado dos Judeus, escolhidos e comentados pelo Reverendo I. B. Pranaitis, sacerdote católico, Doutor em Teologia e professor de idioma hebreu da antiga Academia Imperial Eclesiástica da Igreja Católica Romana de São Petersburgo
http://israelixo.jeeran.com/racismo.htm
(nao é virus !!!)
Há coisas do tipo:
"O judeu que mata um cristão não comete nenhum pecado, mas sim oferece um sacrifício a Deus".
É isso o que pregam os judeus...
e os árabes é que são terroristas??????
http://israelixo.jeeran.com/racismo.htm
(nao é virus !!!)
Há coisas do tipo:
"O judeu que mata um cristão não comete nenhum pecado, mas sim oferece um sacrifício a Deus".
É isso o que pregam os judeus...
e os árabes é que são terroristas??????
Crônica - O Gueto de Gaza
O GUETO DE GAZA
*Urda Alice Klueger
Eu me lembro com intensa nitidez dos profundos olhos aveludados e escuros daqueles homens, daquelas moças. Passei a conhecê-los nos Fóruns Sociais Mundiais de Porto Alegre – costumava chegar quase na hora do começo da passeata de abertura, e quando meus amigos me perguntavam:
- Vamos todos juntos?
Eu não titubeava:
- A gente se encontra depois. Vou junto com quem tiver mais necessidade de apoio. Vou ver se encontro o pessoal do Iraque, ou da Palestina...
Sempre encontrava o da Palestina. Eram homens de profundos olhos inteligentes e sofridos; eram moças com olhos iguais, algumas vestidas como certas figuras bíblicas femininas que pintores do Renascimento pintaram, e sempre com tamanha fé na Justiça! Vinham em poucas pessoas lá do seu mundo distante e garroteado, poderiam sumir no meio de multidões de 100.000 pessoas com as suas humildes "hattas"[1], mas eram eles os mais visíveis, porque as pessoas que se abalavam até os Fóruns Sociais Mundiais bem sabiam da realidade torturante daqueles irmãos. Na primeira vez que desfilei com eles decerto pareci-lhes estranha – não falávamos uma palavra sequer um da língua do outro, mas já lá no final, chegando ao anfiteatro do Pôr-do-Sol (quanta saudade!), alguém serviu de intérprete e contou para um dos palestinos que eu perdera um emprego por defender a Palestina. O homem de profundos olhos de veludo deu uma risada contagiante, e respondeu algo que também me foi traduzido: ele também perdera o emprego por ser palestino! Nosso simpático contato sem palavras começou ali.
Em outras ocasiões em que nos encontramos eles já me recebiam calorosamente com seus olhos que tudo expressavam, e que tinham uma ternura aveludada que poderia adoçar o mundo.
Depois que os Fóruns Sociais Mundiais saíram de Porto Alegre e foram para outros países, passamos a ter uma palavra de contato: quando nos encontrávamos, sempre primeiro na passeata de abertura, apontávamos uns para os outros e dizíamos: "Porto Alegre!", palavra chave que, aliada aos olhos profundos e misteriosos deles, significava todo um caloroso discurso. E nos abraçávamos como irmãos que somos (ou eram? Estarão vivos?), e na passeata de Caracas/Venezuela, um dos homens mais velhos tirou da sua mochila uma belíssima bandeira da Palestina em seda verde, vermelha branca e preta, e me deu. Sorrimos um para o outro e dissemos a palavra mágica:
- Porto Alegre! - e eu guardo com imenso carinho aquela bandeira de seda assim como a recebi, talvez ainda trazendo entretecido nos seus fios finos esporos ou pólen de plantas ou de outras formas de vida daquela distante Palestina onde provavelmente não poderei ir no decorrer da minha vida, pois envelheço, e o gueto que é a Faixa de Gaza está cada vez mais inacessível, e a mágoa da minha desesperança me faz pensar muito na solução final[2] dada ao Gueto de Varsóvia...[3]
Vejo as notícias e as fotos na Internet, e sei de tantas coisas, faz tanto tempo! Sei como os meus irmãos da Palestina tem que suportar o cheiro nauseabundo do lixo em decomposição, pois o Estado de Israel não deixa sequer que de lá se retire o lixo... e sei das crianças palestinas que são feridas por obuses lançados por tanques enquanto brincam, e que morrem de hemorragia nos portões do seu gueto porque insensíveis membros do exército israelense dizem que só dali a tantas horas tal portão poderá ser aberto, para a criança chegar a um hospital... e sei de detalhes que me deixam com vergonha por ser chamada de humana, pois um exército a serviço de também ditos humanos judeus faz coisas que quase não são críveis, como derrubar um edifício inteirinho para matar um único homem a quem perseguem, e que sabem que está escondido no poço do elevador... ou esse mesmo exército lançar um míssel sobre uma inocente festa de casamento, ou sobre uma formatura de guardas de trânsito...
Mil páginas seriam poucas para enumerar todos os horrores que sei, que tenho lido, tenho sabido, tenho aprendido sobre o que o governo de Israel faz com o Gueto de Gaza sob os olhos de todo o mundo, como se ninguém se importasse. O espaço, aqui, não permite entrar nas causas históricas dos acontecimentos, mas é bom aprender a respeito, para se entender que Israel não tem razão, que as barbaridades que vêm desde a década de 1940 são das mais abjetas da humanidade. O que me horroriza ainda mais, neste momento, são as fotos que não param de chegar de Gaza, de crianças carregadas nos braços dos pais, sem os pés e parte das pernas, com tendões e nervos que sobraram retorcidos como se fossem molas de metal, ou das fileiras de meninos e meninas nos seus trajes de frio, mortinhos, prontos para o funeral, e das caras sem consolo dos pais que ali estão, ou daquele menininho morto e ensangüentado, que o pai carrega no colo embrulhado na bandeira, bandeira igual àquela que tenho, menininho que nunca terá nos olhos aquela força forte como aço e suave como veludo e que nunca entenderá a palavra "Porto Alegre" – de novo digo que mil páginas seriam poucas para contar sobre cada foto, cada fato, cada texto e cada análise que tenho lido – um último fio que me une à esperança é a existência daquela gente de Israel que se nega ao crime, daqueles soldados israelenses que preferem a prisão do que ir assassinar seus irmãos já quase mortos de fome, frio e sede no gueto vizinho – pois Gaza hoje tem 1.500.000 habitantes trancafiados sem recursos numa área de 350 quilômetros quadrados, o que é mais ou menos a metade do tamanho desta minha pequena cidade de Blumenau...
Não há como dizer "enfim", para um texto como este. A dor e a mágoa por se saber que tais injustiças continuam acontecendo diante do mundo é uma coisa que poderia me matar de angústia, e então tenho que reagir escrevendo, que é o meu jeito de ser – mas o que escrever, se todos os grandes escritores, todos os grandes pensadores deste mundo já escreveram tudo o que eu gostaria de escrever, pois não é só a mim que a indignação arrasa – e por todos os lados as populações estão saindo às ruas para protestar contra este massacre inumano? Então achei que poderia escrever sobre os meus palestinos, aqueles que sabem a palavra "Porto Alegre", e que tem aqueles olhos profundamente cheios de significado, força e doçura. Então penso se estarão vivos, se aquelas lindas moças não serão hoje cadáveres só com meia cabeça, ou se os netinhos daqueles homens não estejam, talvez, com ferimentos como se fossem couve-flores de sangue nas suas barriguinhas de meninos mortos, ou se meus próprios amigos já não terão vidrados e frios os seus olhos que eram cheios de doçura e de força...
Ah! Palestina, ah! Palestina, como me dóis cá dentro do meu peito que parece estraçalhado... Ah! Palestina, ah! Palestina, que me resta fazer além de chorar angustiadamente, como estou a fazê-lo agora?
Blumenau, 06 de Janeiro de 2009.
*Urda Alice Klueger
Escritora e historiadora
*Urda Alice Klueger
Eu me lembro com intensa nitidez dos profundos olhos aveludados e escuros daqueles homens, daquelas moças. Passei a conhecê-los nos Fóruns Sociais Mundiais de Porto Alegre – costumava chegar quase na hora do começo da passeata de abertura, e quando meus amigos me perguntavam:
- Vamos todos juntos?
Eu não titubeava:
- A gente se encontra depois. Vou junto com quem tiver mais necessidade de apoio. Vou ver se encontro o pessoal do Iraque, ou da Palestina...
Sempre encontrava o da Palestina. Eram homens de profundos olhos inteligentes e sofridos; eram moças com olhos iguais, algumas vestidas como certas figuras bíblicas femininas que pintores do Renascimento pintaram, e sempre com tamanha fé na Justiça! Vinham em poucas pessoas lá do seu mundo distante e garroteado, poderiam sumir no meio de multidões de 100.000 pessoas com as suas humildes "hattas"[1], mas eram eles os mais visíveis, porque as pessoas que se abalavam até os Fóruns Sociais Mundiais bem sabiam da realidade torturante daqueles irmãos. Na primeira vez que desfilei com eles decerto pareci-lhes estranha – não falávamos uma palavra sequer um da língua do outro, mas já lá no final, chegando ao anfiteatro do Pôr-do-Sol (quanta saudade!), alguém serviu de intérprete e contou para um dos palestinos que eu perdera um emprego por defender a Palestina. O homem de profundos olhos de veludo deu uma risada contagiante, e respondeu algo que também me foi traduzido: ele também perdera o emprego por ser palestino! Nosso simpático contato sem palavras começou ali.
Em outras ocasiões em que nos encontramos eles já me recebiam calorosamente com seus olhos que tudo expressavam, e que tinham uma ternura aveludada que poderia adoçar o mundo.
Depois que os Fóruns Sociais Mundiais saíram de Porto Alegre e foram para outros países, passamos a ter uma palavra de contato: quando nos encontrávamos, sempre primeiro na passeata de abertura, apontávamos uns para os outros e dizíamos: "Porto Alegre!", palavra chave que, aliada aos olhos profundos e misteriosos deles, significava todo um caloroso discurso. E nos abraçávamos como irmãos que somos (ou eram? Estarão vivos?), e na passeata de Caracas/Venezuela, um dos homens mais velhos tirou da sua mochila uma belíssima bandeira da Palestina em seda verde, vermelha branca e preta, e me deu. Sorrimos um para o outro e dissemos a palavra mágica:
- Porto Alegre! - e eu guardo com imenso carinho aquela bandeira de seda assim como a recebi, talvez ainda trazendo entretecido nos seus fios finos esporos ou pólen de plantas ou de outras formas de vida daquela distante Palestina onde provavelmente não poderei ir no decorrer da minha vida, pois envelheço, e o gueto que é a Faixa de Gaza está cada vez mais inacessível, e a mágoa da minha desesperança me faz pensar muito na solução final[2] dada ao Gueto de Varsóvia...[3]
Vejo as notícias e as fotos na Internet, e sei de tantas coisas, faz tanto tempo! Sei como os meus irmãos da Palestina tem que suportar o cheiro nauseabundo do lixo em decomposição, pois o Estado de Israel não deixa sequer que de lá se retire o lixo... e sei das crianças palestinas que são feridas por obuses lançados por tanques enquanto brincam, e que morrem de hemorragia nos portões do seu gueto porque insensíveis membros do exército israelense dizem que só dali a tantas horas tal portão poderá ser aberto, para a criança chegar a um hospital... e sei de detalhes que me deixam com vergonha por ser chamada de humana, pois um exército a serviço de também ditos humanos judeus faz coisas que quase não são críveis, como derrubar um edifício inteirinho para matar um único homem a quem perseguem, e que sabem que está escondido no poço do elevador... ou esse mesmo exército lançar um míssel sobre uma inocente festa de casamento, ou sobre uma formatura de guardas de trânsito...
Mil páginas seriam poucas para enumerar todos os horrores que sei, que tenho lido, tenho sabido, tenho aprendido sobre o que o governo de Israel faz com o Gueto de Gaza sob os olhos de todo o mundo, como se ninguém se importasse. O espaço, aqui, não permite entrar nas causas históricas dos acontecimentos, mas é bom aprender a respeito, para se entender que Israel não tem razão, que as barbaridades que vêm desde a década de 1940 são das mais abjetas da humanidade. O que me horroriza ainda mais, neste momento, são as fotos que não param de chegar de Gaza, de crianças carregadas nos braços dos pais, sem os pés e parte das pernas, com tendões e nervos que sobraram retorcidos como se fossem molas de metal, ou das fileiras de meninos e meninas nos seus trajes de frio, mortinhos, prontos para o funeral, e das caras sem consolo dos pais que ali estão, ou daquele menininho morto e ensangüentado, que o pai carrega no colo embrulhado na bandeira, bandeira igual àquela que tenho, menininho que nunca terá nos olhos aquela força forte como aço e suave como veludo e que nunca entenderá a palavra "Porto Alegre" – de novo digo que mil páginas seriam poucas para contar sobre cada foto, cada fato, cada texto e cada análise que tenho lido – um último fio que me une à esperança é a existência daquela gente de Israel que se nega ao crime, daqueles soldados israelenses que preferem a prisão do que ir assassinar seus irmãos já quase mortos de fome, frio e sede no gueto vizinho – pois Gaza hoje tem 1.500.000 habitantes trancafiados sem recursos numa área de 350 quilômetros quadrados, o que é mais ou menos a metade do tamanho desta minha pequena cidade de Blumenau...
Não há como dizer "enfim", para um texto como este. A dor e a mágoa por se saber que tais injustiças continuam acontecendo diante do mundo é uma coisa que poderia me matar de angústia, e então tenho que reagir escrevendo, que é o meu jeito de ser – mas o que escrever, se todos os grandes escritores, todos os grandes pensadores deste mundo já escreveram tudo o que eu gostaria de escrever, pois não é só a mim que a indignação arrasa – e por todos os lados as populações estão saindo às ruas para protestar contra este massacre inumano? Então achei que poderia escrever sobre os meus palestinos, aqueles que sabem a palavra "Porto Alegre", e que tem aqueles olhos profundamente cheios de significado, força e doçura. Então penso se estarão vivos, se aquelas lindas moças não serão hoje cadáveres só com meia cabeça, ou se os netinhos daqueles homens não estejam, talvez, com ferimentos como se fossem couve-flores de sangue nas suas barriguinhas de meninos mortos, ou se meus próprios amigos já não terão vidrados e frios os seus olhos que eram cheios de doçura e de força...
Ah! Palestina, ah! Palestina, como me dóis cá dentro do meu peito que parece estraçalhado... Ah! Palestina, ah! Palestina, que me resta fazer além de chorar angustiadamente, como estou a fazê-lo agora?
Blumenau, 06 de Janeiro de 2009.
*Urda Alice Klueger
Escritora e historiadora
Mahmoud Darwich
Confissão de um terrorista!
Mahmoud Darwich
Ocuparam minha pátria
Expulsaram meu povo
Anularam minha identidade
E me chamaram de terrorista
Confiscaram minha propriedade
Arrancaram meu pomar
Demoliram minha casa
E me chamaram de terrorista
Legislaram leis fascistas
Praticaram odiada apartheid
Destruíram, dividiram, humilharam
E me chamaram de terrorista
Assassinaram minhas alegrias
Seqüestraram minhas esperanças
Algemaram meus sonhos
Quando recusei todas as barbáries
Eles... mataram um terrorista!
"Os alemães mataram seis milhões de judeus, e apenas seis anos depois os judeus fizeram a paz com a Alemanha. Conosco, os judeus não querem a paz." (Rachid Hussein, poeta palestino)
Mahmoud Darwich
Ocuparam minha pátria
Expulsaram meu povo
Anularam minha identidade
E me chamaram de terrorista
Confiscaram minha propriedade
Arrancaram meu pomar
Demoliram minha casa
E me chamaram de terrorista
Legislaram leis fascistas
Praticaram odiada apartheid
Destruíram, dividiram, humilharam
E me chamaram de terrorista
Assassinaram minhas alegrias
Seqüestraram minhas esperanças
Algemaram meus sonhos
Quando recusei todas as barbáries
Eles... mataram um terrorista!
"Os alemães mataram seis milhões de judeus, e apenas seis anos depois os judeus fizeram a paz com a Alemanha. Conosco, os judeus não querem a paz." (Rachid Hussein, poeta palestino)
Resposta de Mohammad Aziz ao jornalista da Folha
Sr Sergio Malbergier
Até certo ponto, impressiona-me ainda, lêr colunas escritas por pseudos articulistas, jornalistas pôr formação universitária, graduado, bemarticulado, dentro da máquina de guerra, sim, maquina de guerra, pois faz parte da melhorestratégia dos interesses das varias corporações espalhadas pelo sistema, e que nocaso específico dessa invasão, covarde sim, à Faixa de Gaza pelo exercito Israelense e seu pensamento sionista, ex- pansionista, e covarde, aparece também em assuntos comoo que o Senhor escreveu na edição da Folha on Line dessa segunda-feira, com otítulo de A Recaída do Itamaraty em Gaza. Seu artigo encomendado, é sim, mais uma das muitas armas de destruição que seus correligionários usam para desqualificar o sofrimento dos Palestinos e ridicularizar sua história e a degradação imposta pelo ocidente, patrocinada a monstruosidade, pri-meiro pela combalida Inglaterra do pós-guerra e jatambém, no mínimo 30 anos antes da unilateral imposição do estado de Israel em terras Palestinas. Senhor Sergio, sua abordagem na materia da Folha on Line é desabonadora, pôr ser mentirosa, quando aneza questão de decisão dadiplomacia Brasileira, com a verdade histórica sôbre o que e porque acontecematrocidades na Palestina. Insistira o senhor, como outros, escondidos atras de suas mêsas e da proteção que com certeza recebe das agências de inteligências sionistas, e claro, talvez acusan-do-nos de teóricos da conspiração, mas, estudamos obstante para entender e conhecer a estratégia que como a do senhor, outros também usam. Banaliza em seus comentários parciais, a causa Palestina e especialmente a de Gaza e seus habitantes, como uma questão de morteiros caseiros, que teimosamente, não atingem ninguem, incompetentes esses morteiros, não concorda Sr Sergio?. Deveriam alcançar no mínimo, a mesma proporção do genocídio que Israel alcança em territórios Palestinos. Tome seu tempo pôr honesto, discuta com coragem as questões históricas, comente e estude, se tiver isenção para isso, os últimos100 anos da história da Palestina, a dos judeus na europa, e aí, talvez, saiba como medir suas atitudes e essa falácia que prepondera da sua coluna. Tem muito a conhecer, Sr Sergio, mas talvez, já conheça, no entanto, tem um la do, e esse lado é amoral o suficiente para negar aos massacrados o direito de resposta e de usar as mesmas armas, aqui e lá, que o senhor também usa, com a maestria destrutiva dos tanques e das munições com armas quimicas,como o fósforo, descarregado sôbre a população Palestina. Estaremos acompanhando, todos, dentro das comunidades árabes, e também, das comunidades embuídas de proteger mais massacres, como os representados pôr aqueles que com seu espaço garantido nos meios decomunicação, disparam sem consequências contra seus atos. Fica aqui, com veemência, meu e os nossos protestos, da vasta comunidade árabe que aqui convive.
Mohamad Abdull Aziz
quinta-feira, 8 de janeiro de 2009
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